Tudo sobre o exame de Mamografia

|30 de agosto de 2024|Categoria: Radiologia|7 min de leitura|

Conteúdo:

tecnica ajustando mamografo para realizar mamografia

A mamografia é um exame diagnóstico de imagem amplamente utilizado na detecção precoce do câncer de mama. Ela utiliza raios X de baixa dose para formar imagens da composição das mamas e, assim, permite identificar possíveis lesões suspeitas como nódulos e microcalcificações. Considerado um procedimento fundamental para a saúde das mulheres, a mamografia desempenha um papel crucial na prevenção e no tratamento do câncer de mama, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade.

Neste artigo, exploraremos os principais aspectos relacionados ao exame, desde a sua importância até às diretrizes atuais e benefícios do exame.

 

O que é mamografia?

A mamografia é um exame radiológico especializado que utiliza raios X de baixa dose para obter imagens detalhadas das mamas. É um procedimento não invasivo e amplamente utilizado para detectar precocemente possíveis lesões suspeitas, como nódulos e microcalcificações.

Durante a mamografia, a mama é comprimida entre duas placas de acrílico, a fim de espalhar o tecido mamário e obter imagens mais nítidas. Essa compressão temporária pode ser desconfortável, mas é fundamental para melhorar a qualidade das imagens e reduzir a necessidade de repetição do exame. Após a compressão, o mamógrafo captura as imagens das mamas em diferentes ângulos, permitindo que os radiologistas analisem as estruturas da mama em busca de alterações.

 

Quem deve fazer a mamografia e com que frequência?

toque das mamas

As diretrizes sobre a frequência e a faixa etária para realizar o exame podem variar de acordo com as recomendações de diferentes organizações médicas e a situação de cada indivíduo.

Geralmente, a mamografia de rotina é recomendada para mulheres a partir dos 40 ou 50 anos, dependendo das diretrizes específicas do país e da história pessoal de cada paciente. Mulheres com fatores de risco adicionais, como histórico familiar de câncer de mama, podem ser aconselhadas a iniciar o rastreamento mais cedo, por exemplo aos 35 anos.

Quanto à frequência, a mamografia de rotina é geralmente realizada a cada um ou dois anos, embora isso também possa variar com base nas recomendações médicas e na situação individual de cada mulher.

É importante consultar um profissional de saúde para determinar a melhor abordagem de rastreamento para cada caso específico.

 

Preparação necessária antes do exame de mamas

Para garantir a qualidade das imagens obtidas no exame, é necessário seguir algumas orientações de preparação.

Normalmente, é recomendado que a mulher evite usar desodorante, loções ou cremes nas axilas e na região das mamas antes do exame, pois esses produtos podem interferir nas imagens.

Além disso, é importante informar ao profissional de saúde sobre qualquer histórico de cirurgias, implantes mamários ou sensibilidade mamária, para que ele possa realizar o exame de forma adequada e confortável.

Comunicar ao profissional de saúde sobre a possibilidade de estar grávida, para que sejam tomadas as precauções necessárias de proteção radiológica.

Opte por roupas que facilitem a remoção apenas da parte superior.

Ao seguir essas orientações de preparação, é possível maximizar a eficácia do exame, garantindo imagens de alta qualidade e proporcionando um procedimento mais confortável para a paciente.

É importante lembrar que cada instituição médica pode ter suas próprias diretrizes específicas de preparação, por isso é recomendado seguir as instruções fornecidas pelo profissional de saúde responsável pelo exame no local.

 

Detecção precoce do câncer de mama

exame de mamografia sendo realizado

A mamografia desempenha um papel crucial na detecção precoce do câncer de mama, oferecendo a possibilidade de identificar alterações no tecido mamário antes mesmo que os sintomas se manifestem – através dela é possível identificar pequenos tumores, mesmo quando eles ainda não são palpáveis. Isso é fundamental para permitir intervenções mais precoces e menos invasivas, aumentando também as chances de sucesso do tratamento e reduzindo a mortalidade pelo câncer de mama.

Além disso, o exame das mamas também pode detectar outras alterações benignas ou lesões pré-cancerosas, auxiliando no monitoramento e acompanhamento do paciente ao longo do tempo.

 

Interpretação dos resultados do exame

Após a realização da mamografia, as imagens são enviadas a um radiologista especializado, que fará a interpretação dos resultados. Esse profissional analisará as imagens em busca de possíveis alterações, como nódulos, microcalcificações ou assimetrias no tecido mamário. Caso alguma anormalidade seja encontrada, podem ser necessários exames adicionais, como uma mamografia complementar, ultrassonografia ou ressonância magnética, para uma avaliação mais precisa.

É importante ressaltar que a presença de uma alteração na mamografia não significa necessariamente que seja câncer de mama, muitas vezes são apenas achados benignos ou outras condições mamárias.

Os resultados da mamografia serão comunicados à paciente pelo médico responsável, que orientará sobre os próximos passos a serem seguidos, seja para acompanhamento, investigação adicional (como realização de biópsias e punções) ou tratamento, se necessário.

 

Diferenças entre mamografia 2D e 3D

mulher realizando exame de mamografia

A mamografia 2D, também conhecida como mamografia digital convencional, é o método tradicional de obtenção de imagens das mamas. Nesse tipo de mamografia, são capturadas imagens bidimensionais das mamas em diferentes ângulos, permitindo uma análise das estruturas mamárias. No entanto, a sobreposição de tecidos na imagem pode dificultar a detecção de algumas lesões, resultando em possíveis falsos negativos.

Por outro lado, a mamografia 3D, também chamada de mamografia tomossíntese ou mamografia digital em três dimensões, é uma tecnologia mais avançada. Nesse método, várias imagens em camadas finas são obtidas, o que proporciona uma visualização mais clara e detalhada das estruturas mamárias, reduzindo a sobreposição de tecidos e aumentando a precisão diagnóstica. A mamografia 3D pode auxiliar na detecção de lesões menores e oferece uma maior taxa de detecção de câncer de mama.

 

Benefícios e limitações da mamografia 3D

A mamografia 3D apresenta uma série de benefícios em comparação com a 2D. Além de proporcionar uma melhor visualização das estruturas mamárias, essa tecnologia reduz a necessidade de repetição do exame devido a imagens inconclusivas. A mamografia 3D também demonstrou ter uma maior taxa de detecção de câncer de mama, especialmente em mulheres com mamas densas.

No entanto, é importante mencionar algumas ressalvas. Em comparação com o exame 2D, a mamografia com tomossíntese pode ter um tempo de exposição ligeiramente maior e pode estar associada a um aumento na dose de radiação, embora dentro de limites aceitáveis e seguros. Além disso, a disponibilidade da mamografia 3D pode variar em diferentes locais, devido à necessidade de equipamentos específicos mais modernos e treinamento dos profissionais.

É fundamental discutir com o médico sobre a disponibilidade, benefícios e potenciais limitações do exame 3D, a fim de tomar uma decisão informada sobre o tipo de exame mais adequado para cada paciente.

 

Avanços tecnológicos e perspectivas futuras na área

O exame das mamas tem se beneficiado de avanços tecnológicos significativos ao longo dos anos.

Além da mamografia com tomossíntese, outras tecnologias estão sendo desenvolvidas para aprimorar ainda mais o diagnóstico e a detecção precoce do câncer de mama.

Entre elas, destacam-se a mamografia com uso de contraste, que utiliza um agente de contraste para melhorar a visualização de lesões suspeitas; e o usa da inteligência artificial (IA), que tem sido explorada para auxiliar na interpretação dos resultados do exame, ajudando os radiologistas a identificar possíveis anormalidades de forma mais rápida e precisa.

A IA também pode desempenhar um papel na padronização e qualidade dos exames, além de facilitar a triagem e o rastreamento populacional em larga escala. No futuro, espera-se que essas tecnologias continuem a evoluir, oferecendo métodos de diagnóstico mais assertivos e menos invasivos.

Esses avanços têm o potencial de aprimorar ainda mais a eficácia do exame na detecção precoce do câncer de mama e, consequentemente, no aumento das chances de tratamento.

 

Perguntas frequentes

Quando se deve fazer a mamografia?

A mamografia é recomendada para mulheres a partir dos 40 anos como exame de rastreamento para detectar precocemente o câncer de mama. No entanto, as diretrizes médicas podem variar, e mulheres com histórico familiar ou fatores de risco podem iniciar antes. Consulte seu médico para determinar o momento ideal para realizar a mamografia.

Qual a idade ideal para fazer a primeira mamografia?

A idade ideal para fazer a primeira mamografia geralmente é entre 40 e 50 anos, de acordo com as diretrizes médicas. No entanto, mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou outros fatores de risco podem começar mais cedo, por volta dos 30 anos. Recomenda-se discutir com um médico para determinar a abordagem mais adequada para cada caso.

Ir ao Topo