Pressão arterial: como identificar, como medir e como tratar se alterada

|11 de junho de 2025|Categoria: Medicina|6 min de leitura|

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Homem medindo sua pressão arterial

A pressão arterial é a força que o coração bombeia o sangue para que ele circule pelo corpo. Imagina uma mangueira de jardim: se a água sai forte demais, pode estourar; se sai fraquinha, mal chega no canteiro. Com o sangue, é similar — nem forte demais, nem fraca demais.

O problema é que muita gente só presta atenção quando há alguma alteração. Tanto a pressão alta quanto a baixa podem ser traiçoeiras. A pressão alta, por exemplo, é uma “assassina silenciosa” — dá pouco sinal de que está lá, só que vai “desgastando” o corpo aos poucos. A  pressão baixa é mais evidente: pode dar tontura, fraqueza, às vezes até desmaios.

Mas a verdade é que nossa pressão não é fixa. Ela varia ao longo do dia e depende do que a gente tá fazendo — se acabou de subir uma ladeira, se levou um susto, se tá relaxando no sofá. Então, medir do jeito certo e na hora certa faz toda a diferença pra entender como ela está. E, claro, nada de pânico se um dia der alterado — o importante é o padrão e não uma medida isolada.

 

O que é pressão arterial?

A pressão arterial é basicamente a força com que o sangue sai do coração e faz nas paredes das artérias enquanto circula pelo corpo. O coração bombeia o sangue com força — essa é a pressão sistólica, o número mais alto. Depois ele relaxa para receber mais sangue, e a pressão diminui   — essa é a diastólica, o número mais baixo. Quando alguém fala que a pressão está “12 por 8”, isso significa 120 mmHg (sistólica) por 80 mmHg (diastólica).

Normalmente, essa variação acontece o tempo todo. Se você tá tranquilo, a pressão fica mais baixa. Se está nervoso ou fazendo esforço físico, ela sobe. Isso é normal e esperado. O problema é quando a pressão fica consistentemente alta ou muito baixa.

E o que pode dar errado? A pressão alta desgasta o coração e as artérias, porque força o sistema cardiovascular o tempo todo. Já a pressão baixa pode fazer o sangue não chegar direito em alguns órgãos, deixando você meio mole ou até causando desmaio.

Fatores emocionais também alteram a pressão. Já ficou com o coração disparado numa discussão? Pois é, a pressão provavelmente subiu também. Por isso, manter a calma ajuda mais do que parece.

 

Pressão Alta

Hipertensão é uma palavra que assusta, e com razão. Ela é uma das principais causas de problemas cardíacos, AVC e insuficiência renal. E muita gente não sabe que tem. Às vezes, só descobre quando acontece algo grave — como um infarto.

O que acontece é o seguinte: se a pressão ficar alta por muito tempo, as artérias vão se danificando. Isso pode causar entupimento, rompimento e uma série de problemas no coração, cérebro, rim, olho entre outros. E o que provoca isso? Na maioria das vezes, é uma combinação de alimentação inadequada, sedentarismo, estresse e genética.

Alguns pensam que apenas os idosos têm hipertensão, mas não é verdade. Hoje, cada vez mais jovens estão sendo diagnosticados. A rotina corrida, que leva a hábitos não saudáveis, comida industrializada e falta de tempo para atividade física têm contribuído para este cenário.

Mas como saber se você tem pressão alta? A única maneira segura é medir regularmente, porque essa é uma doença assintomática. E se a pressão estiver alta nas medidas, deve-se procurar um médico para avaliação.

 

Pressão baixa

Se a pressão alta é sorrateira, a pressão baixa é mais fácil de perceber. Quem nunca levantou rápido e sentiu aquela tontura?

Na maioria das vezes, pressão baixa não é um problema. Algumas pessoas têm naturalmente a pressão mais baixa e são adaptadas a isto. O problema é quando a hipotensão é secundária a alguma outra causa e quando se torna sintomática: fraqueza, suor frio, visão escurecida e desmaio.

As causas podem ser várias: infecções, desidratação, calor, efeito colateral de medicações, postural. Por isso, se você está se sentindo fraco ou com tontura, procure atendimento médico, pois os sintomas podem representar outras doenças que estão se manifestando desta forma e não necessariamente apenas a pressão mais baixa.

 

Enfermeiro medindo a pressão arterial de uma paciente

 

O que afeta a pressão arterial?

Muita coisa pode alterar a pressão sanguínea, e nem sempre é possível controlá-las. A genética é um fator importante — se seus pais têm hipertensão, as chances de você ter também aumentam. Mas não é só isso, há áreas que podemos atuar: alimentação, sedentarismo, vícios e estresse influenciam.

O sal é um dos maiores vilões. Umas das formas com que ele influencia na pressão é vasoconstrição e na retenção de líquido, aumentando o volume de sangue e, consequentemente, a pressão. E ele está presente em quase tudo: pães, embutidos, molhos prontos.

O estresse também contribui. Quando a gente fica nervoso, o corpo libera hormônios que aumentam a pressão. Por isso, atividades físicas e momentos de lazer não são apenas para diversão — ajudam a manter o equilíbrio.

E, claro, o cigarro e o álcool não podiam faltar nessa lista de vilões. O cigarro endurece as artérias, enquanto o álcool pode tanto aumentar quanto baixar a pressão, dependendo da dose e da frequência.

 

Como medir a pressão da maneira correta

Já reparou que às vezes a pressão aumenta no consultório médico e depois normaliza em casa? Isso é relativamente comum e tem até nome: hipertensão do jaleco branco. O nervosismo na hora da consulta pode fazer a pressão aumentar.

Para medir da forma correta, sente-se confortavelmente, esteja com a bexiga vazia,  descanse por uns minutos e evite conversar durante a medição. Evite cafeína e cigarro antes — eles podem alterar o resultado. E sempre use um aparelho calibrado.

A frequência depende de cada caso. Quem já tem diagnóstico de hipertensão precisa acompanhar mais de perto, mas se você não tem problemas conhecidos, medir de vez em quando é suficiente. Só não vale achar que um resultado esporádico define tudo — é o padrão que importa.

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