A ressonância magnética é uma das modalidades de imagem mais avançadas e precisas disponíveis na medicina moderna.

Com sua capacidade de produzir imagens detalhadas do interior do corpo sem usar radiação ionizante, ela se tornou uma ferramenta importante para diagnósticos médicos e pesquisa científica.

Neste artigo, exploraremos o que é a ressonância magnética, como ela funciona, algumas sequências de formação de imagem e análise disponíveis, suas indicações médicas e os benefícios e riscos associados a ela.

Também abordaremos o que esperar durante um exame e responderemos a perguntas frequentes sobre a modalidade.

Finalmente, exploraremos as tecnologias futuras e os avanços na área que estão tornando a ressonância magnética ainda mais poderosa e útil na medicina e na ciência.

 

O que é ressonância magnética e como funciona?

A ressonância magnética (RM) é uma técnica de imagem que utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para produzir imagens do interior do corpo.

A técnica começou a ser estudada na década de 1940, porém seu intuito inicial não era para fins médicos.

A partir da  década de 1970 quando foi realizado a primeira imagem de uma parte do corpo ela tem sido usada então para uma variedade de fins médicos e científicos.

O processo de aquisiçao de imagens na RM é baseado no comportamento dos átomos de hidrogênio.

O paciente é colocado em um  campo magnético, que faz com que os átomos de hidrogênio se alinhem.

Em seguida, ondas de rádio são enviadas, fazendo com que esses átomos se desviem de seu alinhamento.

Quando as ondas de rádio são desligadas, eles retornam ao alinhamento original, emitindo um sinal que pode ser detectado por uma antena.

Os sinais são processados por um computador para criar uma imagem 3D do interior do corpo.

Embora a RM seja uma técnica segura e não invasiva, pode haver alguns riscos associados a ela, como o aquecimento de tecidos durante o exame.

No entanto, esse risco pode ser reduzido tomando alguns cuidados.

 

Diferentes sequências de formação de imagem e avaliação

imagens de ressonancia magnetica sendo geradas

Existem várias  sequências  de imagens em ressonância magnética, cada um com sua própria finalidade e aplicação.

Algumas das  mais comuns incluem aquelas de avaliação  estrutural,  funcional, difusão das moléculas de água, após injeção de contraste e  espectroscopia.

As sequências de RM para avaliação estrutural são usadas para criar imagens detalhadas das estruturas do corpo, aquelas  funcionais podem ser usadas para atividade cerebral como na investigação de acidentes vasculares cerebrais.

A sequência de difusão é usada para medir a movimentação de moléculas de água nas estruturas e pode ser usada para detectar tumores  ou acidentes vasculares cerebrais por exemplo.

A  avaliação  pós contraste envolve o uso de um agente de contraste para realçar as imagens e pode ser útil para detectar anormalidades em tecidos moles, como tumores.

A espectroscopia é usada para medir os níveis de certas substâncias químicas e pode ser usada para avaliação de lesões no sistema nervoso central.

 

Quando a RM é indicada?

A ressonância magnética é usada em uma variedade de situações médicas e científicas.

Algumas das indicações mais comuns incluem lesões no cérebro e na medula espinhal, lesões musculoesqueléticas, tumores, doenças cardíacas, doenças do fígado e pâncreas, doenças renais e infertilidade.

Ela também é usada para monitorar o progresso de certos tratamentos, como a radioterapia.

Esse método diagnóstico é especialmente importante para pacientes que precisam de várias imagens ao longo do tempo, pois a exposição repetida à radiação ionizante pode ser prejudicial.

No entanto, ela não é adequada para todos os pacientes. Por exemplo, pacientes com marcapassos ou outros dispositivos médicos eletrônicos podem não ser capazes de fazer um exame de ressonância magnética devido aos riscos associados ao campo magnético.

 

Preparação para o exame de ressonância magnética

Antes de fazer uma RM é solicitado aos pacientes removerem todos os objetos metálicos do corpo, incluindo jóias e piercings, além de trocar de roupa e vestir um privativo hospitalar.

Durante o exame de ressonância magnética, o paciente será colocado em uma mesa que desliza para dentro de um tubo grande e cilíndrico.

O equipamento emite ruídos altos durante o exame, então é fornecido ao paciente protetores de ouvido ou fones de ouvido.

O biomédico pode pedir ao paciente para realizar algumas tarefas simples durante o exame, como respirar fundo ou segurar a respiração. Isso pode ajudar a criar imagens mais nítidas e precisas.

Se o paciente estiver com dor ou desconforto, ele deve informar o biomédico, que pode ajustar a posição do paciente para maior conforto.

O exame geralmente leva de 30 minutos a uma hora, dependendo da área do corpo que está sendo examinada, podendo exceder esse tempo.

Após a RM, o paciente pode retomar suas atividades normais.

O médico radiologista revisará as imagens e emitirá um laudo para o médico assistente do paciente, que discutirá os resultados com o paciente em uma consulta de acompanhamento.

 

Os benefícios e riscos da ressonância magnética

A ressonância magnética oferece vários benefícios em relação a outras modalidades de imagem, como radiografias e tomografia computadorizada (TC).

Uma das principais vantagens da RM é que ela não utiliza radiação ionizante, o que pode ser prejudicial à saúde em altas doses.

Além disso, RLA pode fornecer imagens mais detalhadas de tecidos moles, como músculos, do que outras modalidades de imagem.

No entanto, há alguns riscos associados à RM.

Um dos principais riscos é o aquecimento de tecidos durante o exame.

Isso pode ser especialmente perigoso para pacientes com lesões de pele úmidas.

Além disso, pacientes com claustrofobia podem ter dificuldade em tolerar o confinamento no equipamento.

Os benefícios da RM geralmente superam os riscos, especialmente quando se trata de diagnósticos precisos de condições médicas.

No entanto, é importante que os pacientes discutam os riscos e benefícios com seus médicos antes de fazer o exame.

 

Pesquisa médica e científica com RM

A ressonância magnética é uma ferramenta valiosa para a pesquisa médica e científica.

A técnica pode ser usada para estudar uma variedade de sistemas biológicos, incluindo o cérebroe tecidos moles.

A RM funcional, em particular, tem sido usada extensivamente em estudos de neurociência para mapear a atividade cerebral em tempo real. Isso pode ajudar a entender melhor as condições neurológicas.

Além disso, a RM pode ser usada para estudar o efeito de certos tratamentos médicos e terapias.

Por exemplo, a RM pode ser usada para medir o tamanho de um tumor antes e depois de um tratamento para avaliar a eficácia do tratamento.

Também pode ser usada para avaliar o progresso de terapias de reabilitação, como fisioterapia, em clínicas de reabilitação.

 

Diferenças entre modalidades de imagem

medica analisando resultados de um exame de radiologia

Embora a RM seja uma técnica poderosa para criar imagens, porém ela não é a única técnica disponível na radiologia.

Outras modalidades de imagem incluem radiografia, tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia e as técnicas de medicina nuclear.

Cada modalidade de imagem tem suas próprias vantagens e desvantagens.

A RM é especialmente útil para criar imagens detalhadas de tecidos moles e órgãos internos sem usar radiação ionizante.

No entanto, ela é mais cara do que outras modalidades de imagem e pode ser menos acessível em algumas áreas.

A tomografia computadorizada é outra técnica de imagem que é frequentemente usada.

A TC utiliza raios-x para criar imagens transversais do corpo, o que pode ser útil para detectar entre outras coisas fraturas ósseas que podem ter avaliação limitada na RM.

 

Perguntas frequentes

Quais são as doenças que a ressonância magnética detecta?

A ressonância magnética é especialmente eficaz na detecção de problemas neurológicos, como tumores cerebrais, acidentes vasculares cerebrais, esclerose múltipla e doença de Alzheimer. Além disso, a ressonância magnética é útil no diagnóstico de doenças cardíacas, lesões musculoesqueléticas, distúrbios do sistema digestivo, doenças hepáticas, renais e pancreáticas, bem como anomalias estruturais em várias partes do corpo.

Qual é a diferença entre tomografia e ressonância magnética?

A TC utiliza raios X para obter imagens transversais e é eficaz na visualização de estruturas ósseas, sendo útil para identificar fraturas e problemas no crânio, tórax e abdômen. Por outro lado, a RM utiliza campos magnéticos e ondas de radiofrequência para gerar imagens detalhadas dos tecidos moles, sendo especialmente valiosa na detecção de tumores, lesões vasculares e doenças neurológicas. A escolha entre as duas técnicas depende da área do corpo a ser avaliada e das informações necessárias para um diagnóstico preciso.